Viagem para o ponto mais meridional do Brasil
Entre os dias 25 de dezembro de 2014 e 02 de janeiro de 2015, realizamos uma viagem para o Chuí, cidade mais ao sul do Brasil, que faz divisa em fronteira seca (avenida central) com a cidade de Chuy no Uruguai. O bioma presente é o pampa, ou marinho costeiro, com suas planícies, campos, lagoas e banhados. Considerando a abundante iluminação, e a existência de vários bandos, o nível de dificuldade foi considerado baixo. A infraestrutura é pequena em geral, pouca densidade demográfica em toda a região. O roteiro saindo de Porto Alegre pela BR 116 sul, em Pelotas pegando a BR 392 e depois a BR 371. A época não é a mais propícia, até pela maior presença antrópica na região, mas mesmo assim tem muitas aves para contemplar.
Na viagem, se cruza por dentro da reserva do Taim, situada entre o município de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. Nesta reserva, além das aves, é muito fácil avistar bandos de capivaras e grandes jacarés-de-papo-amarelo. Da estrada, se tem uma vista privilegiada para os dois lados, pois o Taim fica em um nível abaixo da estrada. As aves mais comuns no Taim são o tachã, que se encontra normalmente aos pares no banhado, e as rapinantes em busca do alimento. Também comuns, as garças e os biguás, formam bandos em diversos locais. Na reserva do Taim é bonito também a vila da Capilha (capela em espanhol), local à beira da lagoa Mirim, com uma ruína do século XVI.
A primeira parada foi em Hermenegildo, uma praia situada no município de Santa Vitória do Palmar, a 500 km de Porto Alegre. A viagem é por estrada asfaltada, com quatro pedágios no percurso. O litoral sul do Brasil caracteriza-se por ter poucos acidentes geográficos na costa, como rochas ou rios desaguando no mar. Assim, permite que se trafegue na beira da costa por muitos quilômetros de distância, observando a fauna que vive à beira-mar. Na saída da BR 371 com a entrada da estrada que leva ao Hermenegildo, observamos um grande bando de Gaivotões e Marias-velhas, que se alimentavam à beira de uma lagoa, distante 15 km do mar.
Fizemos registros de várias espécies à beira-mar, e também em lagoas e áreas em geral plantados com arroz. Percorremos o trecho de praia entre o Hermenegildo e a Barra do Chuí pela praia diversas vezes, observando e registrando algumas das espécies encontradas.
Fixamos depois nossa base de observação na Barra do Chuí, no limite da fronteira do Brasil com o Uruguai onde registramos também diversas espécies. Deste local fizemos várias incursões interessantes no Uruguai, que pretendo descrever em próximo relato.
Alguns vídeos que gravei na região podem ser vistos em:
http://youtu.be/2NOrAT6lglQ
http://youtu.be/7W686LsVmNM
http://youtu.be/ktf2xkndvu0